Dos três acólitos da borgalhada que ainda exercem já só faltava um. Era o Daniel e como o Hugo a princípio não tinha ficado muito agradado com o facto de ter uma música dos Xutos & Pontapés alterada e dedicada exclusivamente para ele e só para ele, decidiu que tinha de sair algo para o co-autor das letras anteriores. Claro que se tornava complicado editar letras bem conhecidas e, visto que isto surgiu e continua uma autêntica brincadeira, mais difícil estava de fazer uma dedicada ao Daniel e em termos, dentro dos possíveis. Lembrei-me eu então que “de Bragança a Lisboa são nove horas de distância”, que o contemplado com a letra inventada tinha na altura o desejo de ingressar no sacerdócio, visto que é algo apaixonante e com futuro e ele sentia essa ‘paixão’ por aquilo, e que fazia viagens até Ermesinde a esse propósito.
Surgiu uma letra assim:
De Canelas a Ermesinde
Vai o Flávio depressa
Para ser um padre em termos
Pois não quer ser electricista
Ele já teve uns encontros
P’ra ficar ambientado
Mas por este andar de coisas
Ele vai ser padre casado
E sai de casa
E vai correndo
Está atrasado
E vai correndo
Passa da hora
E vai correndo p’rá missa…
Sterrébio!
Sterrébio!
Outra vez veio de Ermesinde
Com uma velocidade louca
Era p’ra ficar por lá
Mas a vontade era pouca
As meninas até acham
Que ele é muito querido
Se isto continuar assim
Ele vai ser padre marido
E sai de casa
E vai correndo
Está atrasado
E vai correndo
Passa da hora
E vai correndo p’rá missa…
Sterrébio!
Sterrébio!
Seja de noite ou de dia
Ele não se vai esquecer
Que nasceu para ser padre
Nem que seja com mulher
De Canelas a Ermesinde
Vai o Flávio depressa
Para ser um padre em termos
Pois não quer ser electricista!
E sai de casa
E vai correndo
Está atrasado
E vai correndo
Passa da hora
E vai correndo p’rá missa…
Sterrébio!
Sterrébio!
Sterrébio!
Sterrébio!
Onde se lê “As meninas até acham” mais tarde foi adaptado para “A Fabiana até acha”, mas o que conta é a versão original que ainda é do tempo em que ele não tinha desviado a atenção do que na altura desejava.
Com autoria e arranjos líricos meus e do Hugo, a utilização da alcunha ‘Sterrébio’ adaptada do original ‘Strreb’ tem a devida autorização do Daniel, sendo que a princípio tinha pensado em colocar ‘Flávio’, só que a fonética de ‘Flávio’ não enquadrava bem no pretendido.
A facilidade de cantar esta música está em conhecer o original dos Xutos & Pontapés “Para ti Maria” ou então ‘comprar’ o CD que a inclui “Compacto 88” que, por incrível que pareça, é mesmo de 1988.
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